quinta-feira, 29 de outubro de 2009

U2 - Vancouver

Acabo de chegar do show do U2, o último da turnê pela América do Norte. Algo extraordinário.


Comprei um dos ingressos mais baratos, cerca de CAN 85 (oitenta e cinco dólares canadenses), na arquibancada em frente ao palco, mas bem distante. Logo assim que cheguei com meus amigos nos assentos comprados, eis que um homem da produção do show ofereceu a nós a possibilidade de mudar de lugar e ir para mais próximo do palco. O custo disso? Nada, simplesmente tinham sobrados alguns ingressos. Saímos da área dos pobres e ambiciosos, para ficar mais perto dos chiques e famosos. Sensacional.


A estrutura montada foi supreendente, o palco em 360˚. Algo monstruoso, ou melhor magnífico. Não é a toa que o projeto demorou cerca de dois anos para ser concluído.


O Black Eyed Peas abriu o show. Claro que não poderia faltar a música tema de Vancouver, “I gotta feeling”.


Em seguida U2 no palco. Como sempre produção impecável. As imagens do palco eram transmitidas para um telão de led em 360˚, o mais impressionante é que esse painel tinha um movimento de “sanfona”, ou seja, ele aumentava de tamanho durante o show.


Ah, quem também estava por lá era o Bill Gate, que comemorava o aniversário e ganhou de presente um “Parabéns pra você” cantado pelo U2 e todo o público.


Voltando ao show. A banda mesclou as músicas do novo disco com sucessos antigos e esperado por todos.


O lado humanitário e político não foi esquecido. O destaque foi a homenagem para a Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que há 19 anos vive em regime de prisão domiciliar na Birmânia, imposta pela junta militar que governa o país, por conta da sua popularidade política.


Pura emoção, do início ao fim.


Agora vou dormir.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

Outono em Vancouver

Talvez o outono seja a estação que mais mexe com o sentimentos. Um período mais introspectivo, para muitos romântico, com um friozinho que ajuda a aquecer relações. Dá aquela sensação de nariz com a ponta um pouco gelada e bate a vontade de tomar um capuccino bem quentinho.


Tudo fica agradavelmente mais lento, no suave ritmo em que as folhas caem.


Não é a toa que a estação já foi tema de músicas e filmes. Quem não se lembra do Outono em Nova York com Richard Gere e Winona Ryder?! Sem esquecer do Central Park como pano de fundo.


Aqui em Vancouver a cidade muda completamente de cor se comparado ao verão. As ruas ganham um toque de amarelo e vermelho. Um excelente contraste, já que no céu o que predomina é o cinza.


Domingo de frio e sem muito o que fazer, receita ideal para mais um passeio pelo Stanley Park. A chance de enxergar uma outra faceta da cidade.




















quinta-feira, 8 de outubro de 2009

U2 em Vancouver



No próximo dia 28, o U2 vem a Vancouver para o show da nova turnê 360˚.
Imperdível, o meu ingresso já está garantido.





quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Festival de Cinema Vancouver 3


O melhor momento de um festival, seja de música, teatro ou cinema, é ser surpreendido por excelentes montagens e interpretações. Sem dúvida, a cada dia, isso tem acontecido no Festival Internacional de Cinema de Vancouver. A todo momento uma nova e grata surpresa.


É sempre uma difícil missão para quem gosta de cinema a escolha do que assistir. Como critério optei por dar prioridade a alguns filmes canadense, numa tentativa de entender um pouco mais a cultura desse país. Por sinal, Vancouver é a terceira maior indústria cinematográfica da América do Norte atrás apenas de Nova York e Hollywood.


Dessa vez escolhi o nada conhecido At Home By Myself... With you. Nada conhecido pelo fato de que o filme só ficou pronto há poucos dias. Esta foi a première da produção, com direito a diretor, atriz principal, roteirista e boa parte da equipe na sala de exibição.


O filme conta a história de Romy Scott, um jovem mulher que tem medo de lagostas, abrir caixas, beijar e de tempestadas, mas o maior deles é o de sair de casa. Todas as vezes em que ela experimentou ir alguma coisa ruim aconteceu. Sendo assim, ela vive sozinha no próprio apartamento sem sair dele para nada Para isso, ela adaptou completamente a vida com a intenção de nunca mais precisar ir além da própria porta. Um trauma difícil de ser superado. A salvação para a vida da jovem é o novo vizinho. A partir desse encontro, nada convencional, ela vai em busca de tentar superar os pânicos acumulados desde a infância.

Para contar o início das fobias o diretor optou por utilizar animação. De forma lúdica e extremamente criativa, ele conta de um jeito bem divertido as mazelas que levaram a então menina ao isolamento.


O que tinha tudo para ser um filme monótono, afinal tudo acontece dentro de um apartamento, se transforma numa deliciosa comédia romântica. Tenho certeza que não me arrependi na escolha. At Home By Myself... With You é daqueles filmes que dá vontade de assistir sempre, com direito a muita pipoca e boas risadas.


Em uma conversa pós-exibição a equipe do filme contou um pouquinho algumas curiosidades sobre o filme. A atriz principal, Kristin Booth, disse que para interpretar a personagem se isolou em casa por mais de uma semana e leu tudo sobre medos e fobias. O laboratório e os estudos deram certo.


O roteiro é assinado por Kris Booth, que também assumiu a direção, e Ramona Barckert, os dois são amigos da época da escola de cinema. No mesmo bate-papo Ramona contou que a vontade de produzirem algo em conjunto motivou a criação desse roteiro, que durou dois anos para ficar pronto, desde a elaboração a finalização.


A melhor parte não é ser surpreendido somente pelo peça cinematográfica, mas também pelas histórias dos bastidores da produção. Veja só que interessante, o diretor Kris Booth, a esposa e a roteirista Ramona inventaram uma maneira para tentar viabilizar os próprios projetos. Eles criaram a Pocket Change Film, uma produtora que tem como conceito para auxiliar a captar verba a famosa doação de moedinhas. A iniciativa surgiu a partir do momento em que amigos pergutavam ao diretor como poderiam ajudar, ele então colocou um pote de vidro em cima da mesa e simplesmente disse para irem colocando algumas moedinhas. A proposta deu tão certo que isso se espalhou. Para essa produção, a primeira dentro da conceito, eles conseguiram arrecadar cerca de quarenta mil dólares canadenses. Os colaboradores que deram cem dólares ou mais têm os nomes nos créditos finais do filme, um forma carinhosa de agradecer a gentileza. Agora eles se preparam para investir em novas produções tendo como base a mesma iniciativa.


Para quem quiser saber mais sobre At Home By Myself... With You aqui vai o link do site oficial do filme: http://www.athomebymyselfwithyou.com .


Sobre a Pocket Change Film lá vai o site também: http://www.pocketchangefilm.com .


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Festival de Cinema Vancouver 2


Mais um capítulo do Festival de Cinema de Vancouver. Hoje encarei mais um filme canadense, um produção da província de Ontário. Son of the Sunshine conta a história de um jovem de 24 anos, Sonny, que leva uma vida pobre com a irmã e a mãe, uma mulher viciada em heroína e completamente negligente. O rapaz sofre da síndrome de Tourrette (uma desordem neurológica que provoca tiques involuntários) o que faz com que ele se isole do mundo. Para tentar superar a doença ele se submete a uma arriscada cirurgia. Sonny consegue encontrar uma razão para viver, mas para o pobre rapaz nem tudo é tão simples. O jovem ainda tem que lidar com a sensibilidade de curar animais e pessoas com o toque das mãos. O roteiro se desenrola em torno dos conflitos de Sonny.

O filme é denso, no primeiro momento não é fácil de entender, mas com o desenrolar te prende. Muito mais pela interpretação do ator principal, Ryan Ward, que também assina a direção e o roteiro, do que propriamente pelo enredo. Um personagem difícil, com muitas complicações motoras e psicológicas, além de ter poucos diálogos, embora seja o principal. Toda a emoção fica a cargo da interpretação corporal de Ward, que levou o prêmio de melhor ator no Festival Internacional de Cinema de Edmonton, também aqui no Canadá.

Um pouco sobre ele, Ryan Ward, 30, é canadense da cidade de Portage La Prairie, no estado de Manitoba. Este é o terceiro filme dele como diretor e roteirista, os outros dois foram The Fighter (2005) and Rebirth (2006). Como ator esta é a 13ª produção em que participa. Ward ainda tem a própria companhia de teatro, Picture Box Theatre Co, e chegou a participar de um espetáculo na Broadway.

Para quem quiser saber um pouco mais sobre o filme, o site oficial traz sinopse, trailer, galeria de fotos e outras informações sobre a produção: sonofthesunshine.com .

Amanhã assisto a mais um filme canadense, At Home by Myself ... With you, depois conto como foi.

domingo, 4 de outubro de 2009

Festival de Cinema Vancouver



Acontece por aqui mais uma edição do Festival Internacional de Filmes de Vancouver (Vancouver International Film Festival). São cerca de 350 filmes de 80 países. O Brasil é representado por três filmes, todos documentários, um de curta-metragem e os demais longa-metragem ( A Batalha do Xingu, O Homem que engarrafava nuvens e Only When I Dance - sem título em português - uma co-produção com a Inglaterra). Ainda não posso falar nada sobre eles porque só devo assistí-los na semana pós-feriado (12 de outubro).


Para aproveitar o privilégio de estar aqui como estudante comprei meus ingressos com preço promocional, um pacote de cinco entradas por CAN$ 40. Optei por assistir um filme por dia (se não haja inglês para tanto), ao longo da semana ainda terei outras exibições.

Para começar nada melhor que um filme canadense, escolhi o Excited. O diretor, Bruce Sweeney, no Festival de 1998 foi eleito o Melhor Novo Diretor da Costa Oeste Canadense (meio estranho mas esse é o nome do prêmio) pelo filme Dirty.


Assim comecei minha saga cinematográfica, com um filme com título sugestivo e, aparentemente, um bom diretor.

A comédia dramática fala sobre a vida de um homem de 38 anos que não consegue ter bons relacionamentos com as mulheres. Pressionado pela família, principalmente pela mãe que não entende como o filho pode ficar solteiro e sem dar a ela um neto, ele tenta se esconder da realidade que o persegue. Mas o que ninguém sabia era o real motivo dele estar só: o pobre rapaz tem ejaculação precoce e não consegue fazer sexo com ninguém. A trama segue com o desenrolar dessa história. Entre encontros, desencontros, medos e alegrias. Uma produção simples e competente, sem toda a pompa Hollywoodiana, mas que proporciona um bom divertimento para quem assiste.


No domingo mudei completamente o rumo e fui parar na Romênia. Acho que nunca havia assistido um filme romeno. Sala do cinema cheia, todos para ver Tales from the Golden Age (algo como Pequenas histórias sobre a Era de Ouro). O filme relata situações reais de um momento crítico na história daquele país, o regime comunista de Nicolae Ceausescu, que alguns tratavam como Era de Ouro (Golden Age), talvez nem tanto para a população. Num primeiro momento pode parecer um tema meio denso, mas não, o filme surpreende até mesmo pelo formato escolhido para contar o período. Cinco diretores relatam, separadamente, essas narrativas e colocam os personagens de maneira muito suave. Alguns casos são extremamente divertidos e outros um pouco introspectivos, mas em nenhum momento provoca uma comoção extrema pelo fato histórico.


Procurei mais informações para colocar como link, mas não encontrei, uma pena.

Consegui apenas um pequeno trailler do Tales from the Golden Age no Youtube aí vai:


http://www.youtube.com/watch?v=Dq366VCmS2c&feature=related


Amanhã volto para outro filme canadense, Son of the Sunshine, uma produção de Ontário. Depois conto como foi.